22/09/2018

Volteio do Brasil tem bom desempenho nos Jogos Equestres Mundiais e disputa final

Equipe está em 9º lugar no ranking parcial, volta para a final no sábado, 22, no Tryon International Equestrian Center, na Carolina do Norte, EUA

 

Mostrando evolução técnica nas duas apresentações (exercícios obrigatórios e estilo livre) que fez esta semana nos Jogos Equestre Mundiais - o maior evento esportivo com cavalos do mundo que termina domingo, 23/9, - o Team Brasil de Volteio chega a final por equipes neste sábado, 22, na Arena Christie’s International Real Estate nos Tryon International Equestrian Center, em Mill Spring, na Carolina do Norte, nos EUA.

O team é formado por cinco volteadoras de São Paulo - Fernanda Dib Gabriel, Luana Maceiras Astolfi, Manuela Bastos Delgado, Manuela de Paula Souza Chade e Olivia Tavares Vieira da Cunha e experiente volteador Nicolas Martinez Valência, o Nico. Na reserva estão Clara Zerwes Tremblay e Giovanna M. G. Pimentel.

A estreia do Brasil foi na terça-feira, 18, na fase de exercícios obrigatórios, em que os atletas se apresentam individualmente. O team somou 6.045 pontos, se posicionando em 9º lugar na classificação geral. Nesta quinta-feira, 20, na primeira série de exercícios livres (Freestyle) a nota saltou para 6.992 pontos. “Estou muito contente com a performance da equipe. Cometemos alguns erros no inicio da série livre, mas o restante foi muito bom. O time evoluiu muito desde o último Mundial da modalidade, em Le Mans, França, em 2016. A evolução na nota de exercícios obrigatórios é muito importante”, comentou Maria Luiza Giugni, a Malu, chefe de equipe, cargo que exerceu nos Jogos Equestres Mundiais de 2014 na Normandia e no Campeonato Mundial de 2016 em Le Mans. Como atleta, Malu integrou a equipe nos Jogos de Aachen 2006 e Kentucky 2010, e nos campeonatos Mundial e Europeu de 2008, em Brno, República Tcheca e de 2012 em Le Mans.

Malu também ressalta a importância da égua Lunar Eclipse no desempenho do Brasil. Já eleita como “o melhor cavalo da equipe canadense de Volteio”, Lunar Eclipse é propriedade da norte americana Kimberlly Wellmann, lunger da equipe verde amarela: “Foram meses de busca até encontrarmos a "Moon". Suas notas nos ajudaram muito. Agora, nesta reta final, quero agradecer a Kimberlly e ao canadense Todd Griffiths que nos ajudou muito com toda organização”, diz.

A técnica do Team Brasil de Volteio é a alemã Agnes Werhahn, colecionadora de títulos mundiais e alemães como técnica da equipe de Neuss, e responsável pelo tricampeonato mundial da atleta individual Nadia Zülow (2000/2002/2004).

Quem é o Team Brasil de Volteio

Um misto de volteadores experientes e estreantes em Jogos Equestres Mundiais caracteriza a equipe brasileira. Maior detentor de conquistas internacionais da equipe verde e amarela, Nico compete pela quarta vez nos Jogos: em Jerez de La Frontera 2002 competiu no individual; em Aachen 2006 no individual e por equipe; e em Kentucky 2010 por equipe, quando o Brasil foi 6º colocado, o melhor resultado do país na competição.

Outras duas atletas integraram a equipe brasileira nos Jogos da 2014, na Normandia: Fernanda Dib Gabriel e Olivia Tavares Cunha. Estreando nos Jogos, mas com experiência em competições internacionais estão: Luana Astolfi, Manuela Delgado e Manuela Chade.

No sábado, doze países disputam a prova Estilo Livre (Freestyle) que define o pódio por equipes. “Estamos animados para a final e contamos com a torcida de todos”, diz Malu Giugni.

Alemanha vence inédita Copa das Nações

Pela primeira vez nos Jogos Equestres Mundiais a Federação Equestre Internacional (FEI) promoveu uma “Copa das Nações” de Volteio com participação de equipes de nove países. O Brasil não disputou a prova onde a medalha de ouro ficou com a Alemanha (26.502 pontos); a prata com a Suíça (25.833) e o bronze com a Áustria (25.271).

O Brasil em Jogos Equestres Mundiais

É a sexta vez que o Volteio do Brasil compete nos Jogos Equestres Mundiais. Na estreia, em Roma 1998, contou com três representantes na disputa individual: Flávia Thermudo Guida (31º lugar), Elizabeth Romero (38º) e Thais Tavares Paes (40º). Em Jerez de La Frontera 2002, na estreia como equipe ficou em 9º e Flávia Themudo Guida foi 13ª colocada no individual. Em Aachen 2006, a equipe sênior ficou em 8º lugar. Em Kentucky 2010, o 6º lugar da equipe foi o melhor resultado do Brasil e em 2014, na Normandia, o Brasil ficou em 13º lugar.

 

CBH/Carola May e Rute Araujo